segunda-feira, 19 de novembro de 2007




onde andam vocês queridos lápis
talvez tenha te esquecido em gavetas sombrias
deixado-os cair em cantos vázios
exilados em um comparimento inacessível
serás que ainda atendem ao meus comandos?
riscará fiéis traços sobre um papel pálido?
eu que me deixei levar pelo novo
pela maquina alienante
que me proporcionou novos efeitos
quão ingrato fui
só agora percebi
tu a quem sempre dei mão
convenhamos que na estética da escrita não fui tão bem
com os números, a borracha que o diga
mas contigo ensaiei os primeiros traços
desde as formas ainda não evoluídas
até o alcance dos jogos de sombra e luz
em teus ciclos de morte e vida
via a cada dia satisfazer minha alma
com brilho nos olhos de ter chegado a plenitude temporária
até o proximo pensar a grafar-se numa folha ou superfície qualquer
seja uma casa ou a nudêz de uma mulher
diante de tudo
te buscarei incansavelmente
revirarei toda minha tralha
pois ainda há muitos papéis em branco, no mais não os quero impressos

sábado, 17 de novembro de 2007



...silencioso pensar que já não me pertence
as vezes atormenta, outras me fascina
por mais que tente
sempre nele há de estar
quando deixará de ser apenas luz , pixels em RGB?
quero ver-te em carne
ter-te em partes
formar um todo
sentir o perfume do polén no ar
seja o que for, que seja
não te importes com meu descaso
sou assim mesmo, inexato
não passa de uma filtro pra conter minha euforia
quem mandou ter simpatia
quem mandou ser poesia...